Cartas de amor (...)
Quem é que nunca as teve?
Quem é que nunca as escreveu?
Quem é que nunca ficou feliz por receber, ou por mandar?
Quem é que nunca sonhou com uma?
Hoje, pus-me a recordar tudo isso. Peguei em todas as cartas românticas que tinha. As da creche, as da primaria, das do ciclo, portanto , as cartas que acompanham a minha vida. Comecei pelas coisas fofinhas que o André o Rúben me fizeram, desde as fotos, dos corações, dos espelhos, tudo isto acompanhado de um ingénuo " gosto muito de ti Rita ", ou de outras coisas que fazem parte da vida de uma criança. Em crianças dizemos tudo o que achamos sem magoar, ou sem maldade. Os anos passam, e os apaixonados mudam. Passei para a fase das pequenas frases escritas por nós, mal aprendemos a escreve-las. Nestas cartas, passam a ser feitas na totalidade por nós, e escrevemos o que achamos. Neste período, a carta que mais me marcou foi a do Paulo André. Tem a infantilidade, e o bom coração da idade, tenho uma frase desta gravada na minha mente " Rita gosto muito de jogar a bola contigo." Hoje em dia, alegro-me a ver tudo isto, mas na altura sentia uma verdadeira vergonha. A vida é mesmo assim. Entre outras que recebi, após a esta fase a que me mais me marcou foi as do Carlos Francisco. Quando ele me as fez, já sabia o que era mesmo gostar, já sabia que nao era tudo cor-de-rosa. Eles fez-me cartas lindas, maravilhosas. Cartas, e outras tantas coisas que me punham o coração a saltar.
Acho que me posso orgulhar de todas as cartas de amor que recebi, sou uma rapariga de sorte.
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